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Reais Selvagens

Autora: Maitê Stelluti (Colégio COC Catanduva)


"Eu queria ser civilizado como os animais”, disse o rei Roberto Carlos em uma de suas canções. De fato, atitudes nefastas de muitos seres humanos nos incitam a pensar nos males que causamos aos animais e ao meio ambiente, bem como aos nossos próximos. Maus tratos, queimadas, abandono e preconceito nos dão uma visão do quão deturpada está a esfera social. Logo, devemos repensar nossos valores, e só assim conseguiremos um mundo melhor.


A crueldade contra animais não é recente. Na história, podemos citar o Mar de Aral: secou devido à introdução de técnicas de irrigação. Fauna e flora locais “evaporaram” juntamente com a água de tal mar. Em virtude da incessante busca por riquezas, o homem destrói a natureza e condena a si próprio. O mercantilismo, à época das Grandes Navegações, e a Ilha de Páscoa, são provas irrefutáveis dessas atitudes. Exploração predatória das riquezas coloniais, extinção de espécies animais e vegetais e dizimação de populações foram algumas das marcas deixadas por esse período. Portanto, o descaso acompanhou o desenvolvimento do homem.

No contexto atual, os animais sofrem com o sadismo humano. Práticas de zoofilia, carrocinhas e maus tratos são comumente vistos e anunciados pela sociedade. No entretenimento, touradas, rinhas e rodeios demonstram que os homens humilham os animais para sentirem-se “melhor”. O setor alimentício também mostra-se indiferente a esses seres, é o que podemos perceber se repararmos nas criações de gado e ave.

Na Arte, filmes e livros abordam a relação dos seres humanos para com os animais. Em “Vidas Secas”, Graciliano Ramos mostra o afeto e a preocupação de Baleia em relação a seus donos. Já em “Marley e Eu”, os donos do cachorro o aceitam em sua riqueza psicológica. Às vezes, podemos aprender mais com um animal do que com alguém que está ao nosso lado, eis a imagem passada pelo filme “Sempre ao seu lado”.

Muitas vezes achamos mais cômodo vedarmos nossos olhos às reais necessidades do planeta a buscarmos efetivas soluções. Por exemplo, a realização da Rio + 20. Muitos brasileiros e pessoas do mundo todo mostraram-se indiferentes às resoluções e decisões proferidas nesse evento. Poucos são os que realmente se importam e, de alguma forma, procuram ajudar. Instituições como o “Green Peace” e a “ASA” realizam belos trabalhos, buscando salvar o que ainda resta do meio ambiente e tentando impedir a extinção de certas espécies animais.

Portanto, o ser humano pode e deve garantir a segurança dos animais e a preservação do meio ambiente. Cabe ao governo criar leis e fiscalizá-las; a sociedade deve repensar seus valores para então ter uma conduta melhor e o indivíduo, sobretudo, ter humanidade. Por sermos sádicos, cruéis e indiferentes a muitas situações ao nosso redor, conclui-se que os verdadeiros irracionais e selvagens somos nós, os homens. “Eu não sou contra o progresso, mas apelo para o bom senso”, mais uma vez, as palavras do Rei, mostram que, acima de tudo, o bom senso deve reger as nossas escolhas para, então, concretizarmos um mundo melhor.


Fonte: JORNAL O REGIONAL - http://www.oregional.com.br/portal/detalhe-noticia.asp?Not=287813

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Parabéns, Maitê Stelluti.
Só temos a te agradecer. Você focou muito bem as humilhações sofridas pelos nossos irmãos animais, através do ser que se diz Humano. E concordo plenamente com você quando diz que os verdadeiros irracionais e selvagens somos nós, os homens
Redação premiada com o 3º lugar no concurso realizado pelo ECDAMA Redação premiada com o 3º lugar no concurso realizado pelo ECDAMA Reviewed by ASA on 20:55 Rating: 5

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